04 Jul 2008
Adalberto TripicchioPrincípios e conceitos atuais da homeopatia quântica
Resumo
A homeopatia é uma forma de tratamento em que são utilizados medicamentos que, em sua maioria, apresentam quantidade infinitesimal de droga ou de substância básica.
O Campo Eletro-Magnético (CEM) dos seres vivos, ou chamado em homeopatia de energia vital, é o ponto no qual a cura almejada pelo medicamento homeopático se baseia e os distúrbios causados no CEM são responsáveis por problemas ao nível físico, emocional e mental do doente. Estes e outros aspectos (farmacotécnicos, farmacodinâmicos e clínicos) são expostos neste artigo no intuito de evidenciar de maneira sucinta o que é a medicina homeopática.
Palavras-chave: homeopatia, farmacotécnica, tratamento.
Introdução
A homeopatia se fundamenta no princípio em que similia similibus curentur (semelhante cura semelhante), ou seja, uma substância que produz os mesmos sintomas da doença em pessoa sadia é utilizada para curar um enfermo com esta enfermidade(2, 4).
As manifestações clínicas das doenças, que podem ser físicas, emocionais e/ou mentais, na realidade são resultantes da luta do organismo contra o causador da doença (o estímulo morbígeno). Alguns agentes patológicos (bactérias, vírus), por exemplo, são termolábeis, ou seja, sensíveis ao aumento da temperatura. Um dos mecanismos de defesa do organismo é a elevação da temperatura, como uma barreira ao agente agressor (apesar de em alguns casos piorar o quadro infeccioso). Quando um alimento contaminado ou alguma substância indesejável é ingerida, o organismo pode reagir produzindo vômito e/ou diarréia, sendo um esforço deste para eliminar aquilo que pudesse causar dano potencial à sua homeostasia (auto-equilíbrio).
Atualmente é proposto que o medicamento homeopático estimule o organismo a curar-se restabelecendo a energia do campo eletromagnético (CEM), chamado genericamente no estudo homeopático de Energia Vital, que envolve cada indivíduo e que se encontra alterado pelo estímulo morbígeno, impedindo que este estímulo tenha ação no organismo. O medicamento utilizado deve possuir energia semelhante à qual foi afetada pelo estímulo morbígeno, porém em uma intensidade superior para que o CEM retome ao estado original de equilíbrio.
O Campo Eletromagnético (CEM)
O organismo possui vários tipos de defesas e barreiras que são capazes de impedir ou pelo menos retardar a penetração dos estímulos morbígenos. A pele, barreira hemato-encefálica, placenta, sistema imunológico e energia vital (ou CEM) são exemplos de barreiras e sistemas de defesa.
Atualmente já é inteiramente aceita a presença do CEM (aura, energia vital) e estas emanações quando sofrem distúrbios podem interferir nos estados físico, emocional e mental. Através da fotografia Kirlian, ou fotografia de aura, pode-se visualizar o CEM que é reproduzido por intermédio de cores, onde cada freqüência é caracterizada por determinadas colorações.
O CEM é a defesa mais periférica do organismo e a primeira a ser atingida. Quando um estímulo morbígeno entra em contato com o indivíduo, seu CEM se altera e se ajusta tentando neutralizar a ação deste estímulo. Entretanto, se o indivíduo estiver predisposto, ou seja, suscetível à ação do estímulo, esta barreira pode não suportar e, então, podem ocorrer mudanças em um ou mais níveis (físico, emocional e mental), dependendo da intensidade do agressor e da resistência (equilíbrio) do CEM. Essas alterações são sinais do quanto o CEM está modificado. Quando à harmonia deste campo é restabelecida, a atuação do estímulo morbígeno cessa. Assim, a cura é alcançada e, além de tudo, a suscetibilidade a uma nova investida do estímulo é diminuída pelo fortalecimento do CEM.
Dinamização e Potências
Para melhor compreender a forma de atuação dos medicamentos homeopáticos é essencial conhecer a maneira como são preparados. Os princípios básicos desta técnica são as diluições seguidas de dinamizações(5).
Partindo-se de substâncias ativas ou não dos reinos animal, vegetal ou mineral, pode-se preparar os medicamentos pela escala decimal (D ou X), onde uma parte da substância básica (soluto) é diluída com nove partes do veículo (solvente), e pela escala centesimal (C ou CH), onde uma parte da substância básica é diluída com 99 partes do veículo. Quando as substâncias são solúveis no veículo que é uma mistura de água e álcool (normalmente álcool 70%) todo processo é realizado em meio líquido. Porém, quando a substância é insolúvel neste solvente deve-se triturá-Ia e diluí-Ia com lactose até que se torne solúvel, para então se trabalhar em meio líquido.
Basicamente as duas escalas são iguais, sendo unicamente diferenciadas pelo grau de diluição. Por exemplo, na escala centesimal, após a diluição, bate-se o frasco cem vezes contra um anteparo (sucussões) obtendo-se a primeira centesimal ou 1C ou C1. Pega-se uma parte desta solução e acrescenta-se 99 partes da mistura água-álcool e novamente procede-se as cem sucussões, obtendo-se a 2C. O processo continua até a potência desejada.
O medicamento vai tornando-se cada vez mais potente, provavelmente devido às sucussões à medida que as diluições sucessivas ocorrem e, conseqüentemente, a quantidade de matéria, referente a substância básica, vai diminuindo. Quando o medicamento atinge a potência 12C (C12) ou 30D a probabilidade estatística de que alguma molécula do(s) princípio(s) ativo(s) da substância básica seja encontrada é desprezível e o que efetivamente atua nestes medicamentos é somente a energia que foi potencializada. Fato comprovado pelo Número (ou Constante) de Avogrado.
Mecanismo Putativo do Medicamento Homeopático
Todas as substâncias (animal, vegetal e mineral) possuem um CEM característico. A dinamização faz com que haja um aumento da energia destes campos levando os medicamentos homeopáticos a serem mais ativos no CEM do organismo.
O CEM que cada substância possui pode interagir com uma parte semelhante do campo do indivíduo. Para melhor poder visualizar este efeito, pode-se imaginar um violino sendo tocado. Ele está emitindo ondas sonoras (energia) e quando é tocado em uma freqüência de oscilação igual a das moléculas de uma taça de cristal, esta se quebra, já que as ondas emitidas pelo violino fazem com que a taça entre em ressonância vibrando. Como o cristal é um corpo rígido e frágil, não suporta este movimento vibracional que suas moléculas adquiriram.
A energia cinética fornecida aos medicamentos homeopáticos através das sucussões é capaz de amplificar o CEM destes. Quando se administra um medicamento com energia superior e semelhante em freqüência a do CEM do indivíduo que se encontrava alterada, estas freqüências irão entrar em ressonância com as do medicamento e assim retornarão à frequência correta.
Hoje já há indícios de que quando dinamiza-se o medicamento homeopático, cada substância básica de origem irá produzir um certo tipo de alteração nas ligações, antes chamada de ponte de hidrogênio e atualmente de ligação hidrogênio, entre o veículo água-álcool ou a lactose quando a substância for insolúvel. Estas ligações hidrogênio são forças intermoleculares relativamente fortes, principalmente pela grande quantidade existente, produzidas pela atração que o oxigênio exerce sobre o hidrogênio fazendo com que uma molécula de água ou álcool se unam por intermédio destes dois elementos químicos. Mesmo ultrapassando a potência 12C (C12), quando praticamente não há substância original presente, estas alterações se tornam cada vez mais intensas. Tais variações podem ocorrer pela diminuição no tamanho da ligação, mudança da angulação, na atração, no número e no agrupamento das moléculas(6). Há possibilidade de uma grande multiplicidade de modificações nestas ligações, cada uma delas produzindo uma energia amplificada da substância de origem.
Manifestações e Aspectos Clínicos
Hipoteticamente, a medicina do futuro poderá filmar e analisar o CEM (pelo Método Kirlian) e com aparelhos apropriados fornecer a energia correta para restabelecer o equilíbrio deste campo sem a necessidade da administração de medicamentos, já que o mal poderia ser eliminado antes dos sintomas clínicos serem evidentes. Porém, na época em que surgiu a homeopatia até hoje, os métodos utilizados para verificar as alterações do CEM são os sinais que este deixa transparecer pelas modificações físicas, emocionais e mentais do indivíduo. Torna-se muito difícil encontrar o medicamento ideal, ou seja, aquele que tenha realmente semelhança ao desequilíbrio causado pela patologia. Assim mesmo, os resultados obtidos são muito bons.
O médico homeopata faz um estudo do paciente relacionado às alterações observadas nos três níveis (físico, emocional e mental) e escolhe um medicamento que foi capaz de produzir, em testes com pessoas saudáveis, o maior número de anormalidades similares àquelas sofridas pelo paciente(3). Por isso é comum e desejável, sendo este último fator discutível, que ocorra certo agravamento dos sintomas no início do tratamento, pois se está administrando um medicamento semelhante ao quadro sintomatológico observado que atuaria como um reforço ao CEM em sua ação contra o estímulo morbígeno. Por este método, o homeopata elege o medicamento que possui energia equivalente à que a enfermidade alterou no CEM do paciente, podendo-se notar com isto que dificilmente duas pessoas com a mesma doença irão tomar o mesmo medicamento, já que se deve atentar, também às mudanças mentais e emocionais. A visão somente dos sintomas clínicos não leva à cura e sim a um efeito paliativo, pois a totalidade das alterações não foram analisadas(7, 8).
Na homeopatia o indivíduo é visto como uma totalidade constituída de corpo, cognição e emoções (ou, corpo, mente e espírito), tudo isso estando interligado pelo CEM. Para se conseguir a cura absoluta é necessário o restabelecimento do equilíbrio nos três níveis. Um exemplo desta inter-relação de níveis é o medo (emocional), podendo causar problemas gastrointestinais (náusea, diarréia), sudorese e aumento do número de batimentos cardíacos devido principalmente a distúrbios na homeostase do sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático).
Um problema ao nível espiritual afeta muito mais a vida do indivíduo do que o emocional e este mais do que o físico, dependendo da gravidade de cada um. À medida que a doença avança, ela "sobe" do nível físico para emocional e mental geralmente, e o processo de cura é inverso ao centro de gravidade e se desloca do mental para o emocional e, finalmente, para o físico.
De acordo com este raciocínio, a maioria dos tratamentos da medicina tradicional (alopatia) são supressores, não permitindo ao organismo uma reação e posterior eliminação do estímulo morbígeno, causando problemas mais sérios pelo agravamento ("aprofundamento") da doença, isto é, pode haver um deslocamento do "centro de gravidade" da moléstia para um nível mais interno e perigoso. Um exemplo muito comum é a supressão de um eczema, onde mais adiante é desenvolvida uma rinite alérgica que também é suprimida por drogas, podendo vir a se transformar em uma bronquite asmática. Os efeitos colaterais dos medicamentos alopáticos são as reações do organismo em resposta a agressão causada no CEM por estes, além das comprovadas reações quimiofarmacológicas destes agentes.
Considerações finais
Os indivíduos que entram em contato com os agentes patológicos e não adoecem deveriam ser mais intensamente estudados por pesquisadores e cientistas, pois além das barreiras fisiológicas conhecidas para instalação da doença (bom sistema imune, falta de substrato bioquímico, não concomitância de outra patologia, integridade tissular etc.), um CEM fortalecido ou em equilíbrio é minimamente afetado por perturbações internas ou externas, enquanto que o predisposto é um alvo fácil para as investidas do estímulo morbígeno devido à enfraquecida (não equilibrada) situação da sua primeira barreira de defesa, o CEM.
Referências bibliográficas
1. Costa R.A. - Homeopatia Atualizada. Petrópolis: Ed. Vozes, 3a ed. 1988, 274p.
2. Eizayaga, F.X. - Tratado de Medicina Homeopática. Buenos Aires: Ed. Marecel, 3a ed. 1992, 399pp.
3. Hahnemann, S. - Organon da Arte de Curar. São Paulo: Ed. Benoit Mure, 6a. ed. 1992, 576p.
4. Kent, J.T. - Filosofia Homeopática. Madri: Casa Editorial Bailly Bailieres, 1926, 339p.
5. Silva, J.B. - Farmacotécnica Homeopática Simplificada. Rio de Janeiro: Imprinta, 1977, 231p.
6. Torres, F.S. - Datos Experimentales de Ia Teoria Homeopática-Electrónica. (Comunicação Pessoal). 1978.
7. Tyler, M.C.- Curso de Homeopatia. Rio de Janeiro: Ed. Homeopática Brasileira, 1965, 291 p.
8. Vithouskas, G. - The Science of Homeopathy. Nova Iorque: Grave Press Inc., 1980, 436pp.
Resumo
A homeopatia é uma forma de tratamento em que são utilizados medicamentos que, em sua maioria, apresentam quantidade infinitesimal de droga ou de substância básica.
O Campo Eletro-Magnético (CEM) dos seres vivos, ou chamado em homeopatia de energia vital, é o ponto no qual a cura almejada pelo medicamento homeopático se baseia e os distúrbios causados no CEM são responsáveis por problemas ao nível físico, emocional e mental do doente. Estes e outros aspectos (farmacotécnicos, farmacodinâmicos e clínicos) são expostos neste artigo no intuito de evidenciar de maneira sucinta o que é a medicina homeopática.
Palavras-chave: homeopatia, farmacotécnica, tratamento.
Introdução
A homeopatia se fundamenta no princípio em que similia similibus curentur (semelhante cura semelhante), ou seja, uma substância que produz os mesmos sintomas da doença em pessoa sadia é utilizada para curar um enfermo com esta enfermidade(2, 4).
As manifestações clínicas das doenças, que podem ser físicas, emocionais e/ou mentais, na realidade são resultantes da luta do organismo contra o causador da doença (o estímulo morbígeno). Alguns agentes patológicos (bactérias, vírus), por exemplo, são termolábeis, ou seja, sensíveis ao aumento da temperatura. Um dos mecanismos de defesa do organismo é a elevação da temperatura, como uma barreira ao agente agressor (apesar de em alguns casos piorar o quadro infeccioso). Quando um alimento contaminado ou alguma substância indesejável é ingerida, o organismo pode reagir produzindo vômito e/ou diarréia, sendo um esforço deste para eliminar aquilo que pudesse causar dano potencial à sua homeostasia (auto-equilíbrio).
Atualmente é proposto que o medicamento homeopático estimule o organismo a curar-se restabelecendo a energia do campo eletromagnético (CEM), chamado genericamente no estudo homeopático de Energia Vital, que envolve cada indivíduo e que se encontra alterado pelo estímulo morbígeno, impedindo que este estímulo tenha ação no organismo. O medicamento utilizado deve possuir energia semelhante à qual foi afetada pelo estímulo morbígeno, porém em uma intensidade superior para que o CEM retome ao estado original de equilíbrio.
O Campo Eletromagnético (CEM)
O organismo possui vários tipos de defesas e barreiras que são capazes de impedir ou pelo menos retardar a penetração dos estímulos morbígenos. A pele, barreira hemato-encefálica, placenta, sistema imunológico e energia vital (ou CEM) são exemplos de barreiras e sistemas de defesa.
Atualmente já é inteiramente aceita a presença do CEM (aura, energia vital) e estas emanações quando sofrem distúrbios podem interferir nos estados físico, emocional e mental. Através da fotografia Kirlian, ou fotografia de aura, pode-se visualizar o CEM que é reproduzido por intermédio de cores, onde cada freqüência é caracterizada por determinadas colorações.
O CEM é a defesa mais periférica do organismo e a primeira a ser atingida. Quando um estímulo morbígeno entra em contato com o indivíduo, seu CEM se altera e se ajusta tentando neutralizar a ação deste estímulo. Entretanto, se o indivíduo estiver predisposto, ou seja, suscetível à ação do estímulo, esta barreira pode não suportar e, então, podem ocorrer mudanças em um ou mais níveis (físico, emocional e mental), dependendo da intensidade do agressor e da resistência (equilíbrio) do CEM. Essas alterações são sinais do quanto o CEM está modificado. Quando à harmonia deste campo é restabelecida, a atuação do estímulo morbígeno cessa. Assim, a cura é alcançada e, além de tudo, a suscetibilidade a uma nova investida do estímulo é diminuída pelo fortalecimento do CEM.
Dinamização e Potências
Para melhor compreender a forma de atuação dos medicamentos homeopáticos é essencial conhecer a maneira como são preparados. Os princípios básicos desta técnica são as diluições seguidas de dinamizações(5).
Partindo-se de substâncias ativas ou não dos reinos animal, vegetal ou mineral, pode-se preparar os medicamentos pela escala decimal (D ou X), onde uma parte da substância básica (soluto) é diluída com nove partes do veículo (solvente), e pela escala centesimal (C ou CH), onde uma parte da substância básica é diluída com 99 partes do veículo. Quando as substâncias são solúveis no veículo que é uma mistura de água e álcool (normalmente álcool 70%) todo processo é realizado em meio líquido. Porém, quando a substância é insolúvel neste solvente deve-se triturá-Ia e diluí-Ia com lactose até que se torne solúvel, para então se trabalhar em meio líquido.
Basicamente as duas escalas são iguais, sendo unicamente diferenciadas pelo grau de diluição. Por exemplo, na escala centesimal, após a diluição, bate-se o frasco cem vezes contra um anteparo (sucussões) obtendo-se a primeira centesimal ou 1C ou C1. Pega-se uma parte desta solução e acrescenta-se 99 partes da mistura água-álcool e novamente procede-se as cem sucussões, obtendo-se a 2C. O processo continua até a potência desejada.
O medicamento vai tornando-se cada vez mais potente, provavelmente devido às sucussões à medida que as diluições sucessivas ocorrem e, conseqüentemente, a quantidade de matéria, referente a substância básica, vai diminuindo. Quando o medicamento atinge a potência 12C (C12) ou 30D a probabilidade estatística de que alguma molécula do(s) princípio(s) ativo(s) da substância básica seja encontrada é desprezível e o que efetivamente atua nestes medicamentos é somente a energia que foi potencializada. Fato comprovado pelo Número (ou Constante) de Avogrado.
Mecanismo Putativo do Medicamento Homeopático
Todas as substâncias (animal, vegetal e mineral) possuem um CEM característico. A dinamização faz com que haja um aumento da energia destes campos levando os medicamentos homeopáticos a serem mais ativos no CEM do organismo.
O CEM que cada substância possui pode interagir com uma parte semelhante do campo do indivíduo. Para melhor poder visualizar este efeito, pode-se imaginar um violino sendo tocado. Ele está emitindo ondas sonoras (energia) e quando é tocado em uma freqüência de oscilação igual a das moléculas de uma taça de cristal, esta se quebra, já que as ondas emitidas pelo violino fazem com que a taça entre em ressonância vibrando. Como o cristal é um corpo rígido e frágil, não suporta este movimento vibracional que suas moléculas adquiriram.
A energia cinética fornecida aos medicamentos homeopáticos através das sucussões é capaz de amplificar o CEM destes. Quando se administra um medicamento com energia superior e semelhante em freqüência a do CEM do indivíduo que se encontrava alterada, estas freqüências irão entrar em ressonância com as do medicamento e assim retornarão à frequência correta.
Hoje já há indícios de que quando dinamiza-se o medicamento homeopático, cada substância básica de origem irá produzir um certo tipo de alteração nas ligações, antes chamada de ponte de hidrogênio e atualmente de ligação hidrogênio, entre o veículo água-álcool ou a lactose quando a substância for insolúvel. Estas ligações hidrogênio são forças intermoleculares relativamente fortes, principalmente pela grande quantidade existente, produzidas pela atração que o oxigênio exerce sobre o hidrogênio fazendo com que uma molécula de água ou álcool se unam por intermédio destes dois elementos químicos. Mesmo ultrapassando a potência 12C (C12), quando praticamente não há substância original presente, estas alterações se tornam cada vez mais intensas. Tais variações podem ocorrer pela diminuição no tamanho da ligação, mudança da angulação, na atração, no número e no agrupamento das moléculas(6). Há possibilidade de uma grande multiplicidade de modificações nestas ligações, cada uma delas produzindo uma energia amplificada da substância de origem.
Manifestações e Aspectos Clínicos
Hipoteticamente, a medicina do futuro poderá filmar e analisar o CEM (pelo Método Kirlian) e com aparelhos apropriados fornecer a energia correta para restabelecer o equilíbrio deste campo sem a necessidade da administração de medicamentos, já que o mal poderia ser eliminado antes dos sintomas clínicos serem evidentes. Porém, na época em que surgiu a homeopatia até hoje, os métodos utilizados para verificar as alterações do CEM são os sinais que este deixa transparecer pelas modificações físicas, emocionais e mentais do indivíduo. Torna-se muito difícil encontrar o medicamento ideal, ou seja, aquele que tenha realmente semelhança ao desequilíbrio causado pela patologia. Assim mesmo, os resultados obtidos são muito bons.
O médico homeopata faz um estudo do paciente relacionado às alterações observadas nos três níveis (físico, emocional e mental) e escolhe um medicamento que foi capaz de produzir, em testes com pessoas saudáveis, o maior número de anormalidades similares àquelas sofridas pelo paciente(3). Por isso é comum e desejável, sendo este último fator discutível, que ocorra certo agravamento dos sintomas no início do tratamento, pois se está administrando um medicamento semelhante ao quadro sintomatológico observado que atuaria como um reforço ao CEM em sua ação contra o estímulo morbígeno. Por este método, o homeopata elege o medicamento que possui energia equivalente à que a enfermidade alterou no CEM do paciente, podendo-se notar com isto que dificilmente duas pessoas com a mesma doença irão tomar o mesmo medicamento, já que se deve atentar, também às mudanças mentais e emocionais. A visão somente dos sintomas clínicos não leva à cura e sim a um efeito paliativo, pois a totalidade das alterações não foram analisadas(7, 8).
Na homeopatia o indivíduo é visto como uma totalidade constituída de corpo, cognição e emoções (ou, corpo, mente e espírito), tudo isso estando interligado pelo CEM. Para se conseguir a cura absoluta é necessário o restabelecimento do equilíbrio nos três níveis. Um exemplo desta inter-relação de níveis é o medo (emocional), podendo causar problemas gastrointestinais (náusea, diarréia), sudorese e aumento do número de batimentos cardíacos devido principalmente a distúrbios na homeostase do sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático).
Um problema ao nível espiritual afeta muito mais a vida do indivíduo do que o emocional e este mais do que o físico, dependendo da gravidade de cada um. À medida que a doença avança, ela "sobe" do nível físico para emocional e mental geralmente, e o processo de cura é inverso ao centro de gravidade e se desloca do mental para o emocional e, finalmente, para o físico.
De acordo com este raciocínio, a maioria dos tratamentos da medicina tradicional (alopatia) são supressores, não permitindo ao organismo uma reação e posterior eliminação do estímulo morbígeno, causando problemas mais sérios pelo agravamento ("aprofundamento") da doença, isto é, pode haver um deslocamento do "centro de gravidade" da moléstia para um nível mais interno e perigoso. Um exemplo muito comum é a supressão de um eczema, onde mais adiante é desenvolvida uma rinite alérgica que também é suprimida por drogas, podendo vir a se transformar em uma bronquite asmática. Os efeitos colaterais dos medicamentos alopáticos são as reações do organismo em resposta a agressão causada no CEM por estes, além das comprovadas reações quimiofarmacológicas destes agentes.
Considerações finais
Os indivíduos que entram em contato com os agentes patológicos e não adoecem deveriam ser mais intensamente estudados por pesquisadores e cientistas, pois além das barreiras fisiológicas conhecidas para instalação da doença (bom sistema imune, falta de substrato bioquímico, não concomitância de outra patologia, integridade tissular etc.), um CEM fortalecido ou em equilíbrio é minimamente afetado por perturbações internas ou externas, enquanto que o predisposto é um alvo fácil para as investidas do estímulo morbígeno devido à enfraquecida (não equilibrada) situação da sua primeira barreira de defesa, o CEM.
Referências bibliográficas
1. Costa R.A. - Homeopatia Atualizada. Petrópolis: Ed. Vozes, 3a ed. 1988, 274p.
2. Eizayaga, F.X. - Tratado de Medicina Homeopática. Buenos Aires: Ed. Marecel, 3a ed. 1992, 399pp.
3. Hahnemann, S. - Organon da Arte de Curar. São Paulo: Ed. Benoit Mure, 6a. ed. 1992, 576p.
4. Kent, J.T. - Filosofia Homeopática. Madri: Casa Editorial Bailly Bailieres, 1926, 339p.
5. Silva, J.B. - Farmacotécnica Homeopática Simplificada. Rio de Janeiro: Imprinta, 1977, 231p.
6. Torres, F.S. - Datos Experimentales de Ia Teoria Homeopática-Electrónica. (Comunicação Pessoal). 1978.
7. Tyler, M.C.- Curso de Homeopatia. Rio de Janeiro: Ed. Homeopática Brasileira, 1965, 291 p.
8. Vithouskas, G. - The Science of Homeopathy. Nova Iorque: Grave Press Inc., 1980, 436pp.
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